Amados e amadas do Senhor ( reflexão , por Nanci Fonseca )
Quantas vezes na vida, nos momentos difíceis, ficamos impacientes, intolerantes, não queremos ouvir ninguém, somente a voz do nosso coração enganoso, da nossa vaidade, do nosso coração ferido...
Deus tem falado ao meu coração: não devemos ser como Saul, que não esperou por “Samuel”, dentro de seu orgulho, por ser rei em Israel, achou que poderia fazer aquilo que não era de sua competência, mas da competência de Samuel (Foi último dos juízes em Israel e o primeiro dos profetas. Dotado de discernimento espiritual dedicava-se totalmente à realização dos propósitos de Deus) : oferecer o holocausto.
Quantas vezes na vida nós tomamos decisões sem consultar a Deus?
Quantas vezes na vida consultamos o nosso próprio coração enganoso e corrupto, olhamos para os nosso coração destroçado, e chegamos ao absurdo de dizer que Deus está falando ao nosso coração?
Precisamos ser humildes, pacientes, e, não arrogantes e impacientes como Saul.
Saul pela sua desobediência colheu fruto e morte em sua vida.
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O texto abaixo foi cuidadosamente estudado para podermos entender melhor o que Deus nos deseja ensinar através deste episódio na vida do primeiro rei de Israel, Saul.
A Tolice de Saul e a Repreensão de Samuel
Extraido de :Bible org
,,,o povo começa a desertar, escondendo-se em cavernas e moitas, penhascos, buracos e cisternas. Tal situação já ocorrera antes (ver Juízes 6:1-6), o que não torna esta situação mais tolerável.
Quando Saul procura juntar seu exército, ele convoca o povo para se reunir em Gilgal, segundo as instruções que Samuel lhe dera quando disse que ele seria rei de Israel.
“Tu, porém, descerás adiante de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocausto e para apresentar ofertas pacíficas; sete dias esperarás, até que eu venha ter contigo e te declare o que hás de fazer.” (I Sam. 10:8)
As instruções de Samuel são muito específicas: Saul deve ir a Gilgal e esperar que ele chegue. Até lá serão 7 dias. Samuel oferecerá o holocausto e as ofertas pacíficas. Aí, então, dirá a Saul o que ele deve fazer.
Durante este período de espera, Saul, em agonia, observa seu exército se encolhendo, quando os soldados vão se evaporando de medo. Todos os dias, à medida que a situação fica cada vez mais perigosa, os soldados fogem, procurando se salvar. Alguns procuram se salvar atravessando o rio Jordão (verso 7). Outros, aparentemente, estão dispostos a se juntar aos filisteus (ver 14:21). Aqueles que ficam com Saul estão tremendo de medo.( estão sem Paz! )
A Tolice de Saul e a Repreensão de Samuel
(13:8-15)
“Esperou Saul sete dias, segundo o prazo determinado por Samuel; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se foi espalhando dali. Então, disse Saul: Trazei-me aqui o holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto. Mal acabara ele de oferecer o holocausto, eis que chega Samuel; Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar. Samuel perguntou: Que fizeste? Respondeu Saul: Vendo que o povo se ia espalhando daqui, e que tu não vinhas nos dias aprazados, e que os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás, eu disse comigo: Agora, descerão os filisteus contra mim a Gilgal, e ainda não obtive a benevolência do SENHOR; e, forçado pelas circunstâncias, ofereci holocaustos. Então, disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente em não guardar o mandamento que o SENHOR, teu Deus, te ordenou; pois teria, agora, o SENHOR confirmado o teu reino sobre Israel para sempre. Já agora não subsistirá o teu reino. O SENHOR buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou. Então, se levantou Samuel e subiu de Gilgal a Gibeá de Benjamim
No exato momento em que Saul termina o sacrifício do holocausto, Samuel chega. Parece claro que, se Saul tivesse esperado só mais alguns minutos, Samuel teria chegado na hora e ainda a tempo de oferecer tanto o holocausto quanto as ofertas pacíficas. Saul sai para cumprimentá-lo e sua saudação revela sua culpa. Não é Saul quem fica ali com as mãos na cintura, censurando Samuel por estar tão atrasado, mas é Samuel quem lhe pergunta o que foi que ele fez. A explicação de Saul não convence. Ele diz a Samuel que o povo estava desertando e que o profeta não veio dentro do prazo combinado. Embora ele realmente não quisesse fazer o que fez, simplesmente tinha que fazê-lo e, assim, se viu forçado a oferecer o holocausto.
Samuel não fica impressionado, como demonstram suas palavras duras e diretas. A atitude de Saul foi uma tolice - pois desobedeceu deliberadamente ordens claras e diretas de Samuel. Também foi tolice porque teve efeito exatamente oposto ao que ele pensou. Com toda certeza Saul deve ter pensado que esperar por Samuel (e por suas instruções) era uma tolice. Ele estava errado.
Aqui, parece que Saul não fica abalado com as palavras de Samuel e, com certeza, não está arrependido.
Conclusão
Este incidente não é o “começo do fim” para Saul; é o fim
Vamos passar de Saul e sua desobediência às lições que este texto tem para cada um de nós hoje. Resumiremos as lições importantes na forma de princípios:
(1) Como Saul, quando não temos noção da nossa vocação, somos conduzidos pelos problemas. Todos os cristãos foram “chamados”, e cada um de nós tem um “chamado” específico. Não estou falando de um ”chamado” especial para um “ministério em tempo integral” ou para “o trabalho missionário”. Estou falando de chamado no sentido individual, de acordo com o qual o cristão tem uma noção geral do porque Deus o(a) salvou, e uma noção mais específica de seu trabalho e contribuição no corpo de Cristo. Há cristãos demais que parecem ter perdido a noção de sua vocação e, como Saul, parecem estar se “escondendo na bagagem” da igreja e seu ministério, em vez de fazer sua parte.
2) As ordenanças de Deus servem como testes para nossa fé e obediência. Saul recebeu instruções específicas para ir a Gilgal e esperar por Samuel. Este é o seu teste de fé e obediência. As ordenanças da Bíblia são dadas por boas razões. Uma delas é que são testes específicos para nossa fé. Ouço muitos cristãos reagindo a qualquer tipo de ênfase nas ordens divinas e na nossa necessidade de obediência. “Isso é legalismo”, ouço alguns dizerem. Algumas pessoas podem obedecer a Deus de modo legalista, e esse é o problema. Mas, longe dos crentes julgarem as ordens de Deus tão levianamente. Jesus instruiu Seus discípulos a “ensiná-los a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mt. 28:20). Quantas ordens de Cristo você leva à sério hoje?
3) Os privilégios cristãos também são um teste para nossa fé e amor a Deus.
O que, então, impede Saul de enfrentar os filisteus que ocupam Israel e oprimem o povo de Deus? Por que ele não faz o que obviamente precisa ser feito, confiando que, ao fazê-lo, Deus estará com ele? Não só a maioria de nós não consegue obedecer às ordens de Deus, também não conseguimos exercer nossos direitos como deveríamos. Direitos, como a lei, são testes onde muitas vezes somos reprovamos.
4) As emergências não são desculpas para desobedecer às ordens de Deus, mas um teste para nossa fé e obediência. Deus muitas vezes nos testa levando-nos ao limite. É desse jeito que testamos os produtos que fabricamos. A Ford não testa seus carros andando vagarosamente em volta de obstáculos. Eles são colocados na pista de teste, que golpeia a suspensão ininterruptamente e gira e pressiona o motor com superaquecimento, frio intenso, e longas distâncias. Deus também nos testa levando-nos ao limite, levando-nos ao ponto de exaustão.
Quando chegamos ao “limite”, nossa fé em Deus se torna evidente. Quando chegamos ao fim de nossas forças, aí precisamos confiar em Deus. Deus leva Saul “ao limite” retardando a chegada de Samuel até o último minuto, mas Saul não consegue esperar. Ele está convencido de que sua situação é uma “emergência” e, como tal, as regras podem ser descartadas. Nessas horas - quando somos pressionados até o limite - nossa fé e obediência são testadas para ver se guardamos ou não as leis de Deus, se obedecemos ou não a Ele.
Duvido que a desobediência de Saul ao fazer o sacrifício do holocausto seja um acontecimento isolado. Antes, é mais provável que seja o clímax, o ápice, de uma longa história de desobediência. Como demonstramos anteriormente, Saul sabe que seu dever como rei de Israel é lutar contra os filisteus e com as nações circunvizinhas que oprimem o povo de Deus. Dia após dia, mês após mês, Saul parece fechar os olhos ao sofrimento de seu povo e à presença dos filisteus em Israel. A desobediência de Saul com relação aos sacrifícios em Gilgal não é um pecado fortuito - um completo imprevisto. É a conseqüência lógica, quase inevitável de uma vida de desobediência. Esta crise apenas mostra Saul como ele é (ou como não é). Conosco é da mesma forma.
Não posso deixar de notar que não há nenhuma evidência de espiritualidade em Saul antes dele se tornar rei, nem depois. No entanto, Davi é um jovem que aprendeu a confiar em Deus quando ainda jovem pastor, a sós com seu rebanho. Davi aprendeu a confiar em Deus e a adorá-Lo. Ele andava com Deus antes de se tornar rei, e continua andando depois. Saul não tem nenhuma disciplina religiosa em sua vida, e demonstra isto, especialmente em Gilgal, quando se depara com os testes da fé.
5) O julgamento de Deus pode ser pronunciado bem antes de suas conseqüências serem visíveis. Deus pode pronunciar um julgamento muito tempo antes de concretizá-lo. Deus rejeitou Saul como rei. Isto é, o reinado de Saul não continuará (ver 13:14). Depois que isto é dito, Saul ainda reina por muitos anos antes de sua morte. Podemos ter certeza de que o julgamento de Deus é certo, mesmo que seja em alguma época por vir. É assim com Saul e é assim com a ira vindoura de Deus. A condenação de Satanás já havia sido pronunciada e, no entanto, ainda o veremos se opondo ao nosso Senhor e à Sua igreja. Apesar disso, o julgamento de Deus é certo, mesmo que não seja imediato.
6) Deus trabalha por meio de pessoas imperfeitas e que não são ideais. Não me canso de ficar maravilhado diante do tipo de pessoas que Deus usa para realizar Seus propósitos e cumprir Suas promessas. Saul é uma dessas pessoas. A despeito de todas as suas fraquezas e pecados, Deus usa Saul para libertar Israel do cativeiro das nações circunvizinhas (ver 14:47-48). Ao longo da história, Deus escolhe usar as coisas “fracas e tolas” deste mundo, confundindo os sábios e trazendo glória a Si mesmo. Se Deus pode usar um homem como Saul, podemos ter certeza de que Ele pode nos usar também. Como deveríamos ser agradecidos por Deus não se limitar a usar somente pessoas perfeitas. Isto não desculpa nossas imperfeições ou nossos pecados, mas nos dá esperança de que Deus pode e usa pessoas fracas e pecaminosas para realizar Seus propósitos.
Extrido de :Bible org